Saldo da pausa pascal

Estes dias passados entre Lima e Minho foram uma verdadeira benesse regeneradora para o espírito.

Acessóriamente ao facto de terem sido passados junto da minha mais que tudo, estão as visitas que tivemos a oportunidade de fazer a locais extremamente interessantes e a ocasião de viver na pele algumas situações mais particulares.


A Invasão Espanhola de 2008



A visita à fortaleza de Valença, situada na margem do Minho em oposição a Tui, ficou marcada pelo testemunho da Invasão Espanhola de que tanto se falou na comunicação social.

A Fortaleza de Valença, uma sólida e impressionante construção militar dos Sécs XVII/XVIII, guarda da fronteira do Minho e dividida em dois perímetros fortificados contíguos, delimita algo que se parece com um gigantesco centro comercial vocacionado para toalhas, lençóis e outros produtos do género, para além de esplanadas de cafés e restaurantes.

Ao entrar no espaço da antiga Vila, tive por instantes a impressão de que tínhamos cruzado a fronteira pois, na multidão que à nossa frente preenchia toda a praça, não se ouvia nada que não fosse dito em espanhol.


Chocado fiquei foi quando, sistematicamente, no restaurante e na esplanada onde parei, fui sempre atendido em espanhol. Pelos vistos, a quase totalidade da clientela é mesmo espanhola com um ou outro português (ou no nosso caso, dois deles) que ainda se arriscam a ir onde Camões está para Cervantes como o Tó Silva do Selipolhas do Zêzere A.C. está para o Cristiano Ronaldo.

Perante este cenário, foi legítima a dúvida que se colocou: "Se os espanhóis estão todos aqui, será que ficou um número suficiente de espanhóis na outra margem do Minho que impeça que escrevamos os dizeres "O melão espanhol é caca" nas paredes da Catedral de Tui?"



Sendo assim fomos verificar, atravessando para isso a singular ponte que liga Valença a Tui, e fomos à catedral. Infelizmente, aparentava haver tantos espanhóis em Tui como em Valença pelo que, para não provocar um incidente diplomático, nos ficámos por visitar a catedral fortificada de Tui.





Contudo, a infâmia espanhola não ficaria por aqui. Ao sairmos da Catedral, ocorreu-nos que, se de Valença se tinha uma vista muito interessante para Tui, o inverso também não seria uma visão a enjeitar pelo que procurámos um ponto a partir do qual pudessemos ver a fortaleza de Valença.
Em vão! Após uma hora de percurso feito pelas ruas estreitas do centro histórico de Tui e cansados de ver muros e mais muros decidimos regressar à outra margem não sem que antes tivessemos cumprido a tradição de encher o depósito do Caetanomobile com gasóleo espanhol.

Comentários

Ana disse…
Hola guapo! Me puedes decir en que tienda de Valencia del Miño has comprado el sombrerito azul? Te queda hermoso... ;)*
David Caetano disse…
:D :*:
Nelly Caetano disse…
Caetanomobile??? Caetanomobile só há um, que ganhou o estatuto há mts anos! N tentes agora denegrir a espécie apelidando essa coisa verde c 4 rodas e um volante onde tu andas de Caetanomobile!! Uma pessoa até fica perturbada...Tenho de ir ali ao Tenho Pressa (outra graçola lá da vizinhança, né?!) pedir desculpa por esta terrivel comparação!!
Ah, e o Minho, pois sim..:)
Adios chico