Canídeos privilegiados

Outra das coisas que me impressionaram em Viana do Castelo foi o profundo respeito que as gentes alto-minhotas dedicam ao seu exemplar pessoal de Canis Lupus Familiaris, respeito algo invulgar e que leva por vezes a ver o simpático animal, obviamente deduz-se daqui que não se tratam de Pitbull ou outros, na primeira linha dos acontecimentos.

No instantâneo que se segue, obtido durante a procissão da Senhora da Agonia, é possível ver uma simpática senhora portando o seu próprio cão sendo notório o ar embevecido e impressionado no semblante do canídeo. O próprio espaço envolvente havia já sido previamente acondicionado de modo a possibilitar a visão sobre o campo da Agonia com um máximo de conforto. As más línguas poderão contudo opinar que o canídeo estaria de olhar fixo na panóplia de barraquinhas de farturas e não tanto no evento religioso mas tal não passa de suposições.


No instantâneo seguinte, vemos outro canídeo numa diferente postura, procurando participar no desfile etnográfico de forma menos exigente em termos físicos. Note-se o ar prazenteiro e descontraído que aparenta o animal, enquanto a sua dona desloca o carrinho no qual ele se encontra, com evidentes riscos para a coluna vertebral.


Moral da História: Em Viana do Castelo a expressão "Vida de Cão" não tem necessariamente o mesmo significado que tem noutros recantos deste imenso Portugal à beira-mar plantado.

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