Montmorency

Nos últimos seis anos tenho visitado regularmente a França, zona de Paris, alguns anos duas vezes, outros apenas uma. Desde o início destas visitas regulares com curtas estadias de uma semana, que um local me cativou especialmente, aliás dois, mas um, apesar de mais banal que o outro, tem resistido melhor à passagem do tempo e das visitas regulares, talvez porque me dê algo de diferente de cada vez que recebe uma visita minha… a floresta de Montmorency.

Quando visitei pela primeira vez floresta de Montmorency, a primeira impressão com que fiquei foi a de estar a entrar num conto dos irmãos Grimm ou de Washington Irving com o seu cavaleiro sem cabeça fazendo-me sentir qual Ichabod Crane. Sem ilusões, a floresta não tem nada do outro mundo, mas parece! Pelo menos para mim.
As duas fotos que se seguem ilustram o mesmo local no Inverno e no Verão.

Com um pouco de atenção ouve-se o trote do cavalo do cavaleiro sem cabeça a aproximar-se no meio do nevoeiro.


Novamente no universo de Irving, a raiz de onde todas as noites sai o cavaleiro sem cabeça.

Esta floresta é um exemplo da comunhão da natureza com o homem tendo em conta o meio em que se insere. A poucos kms de milhões de pessoas, abraçando os subúrbios de Paris, consegue manter a sua ilusão de isolamento e distanciamento. Certo, é visitada por 5 milhões de pessoas anualmente, mas não é por isso que andamos a tropeçar nelas nos variadíssimos percursos pedestres que possui. Faz parte da sua magia conseguir engolir a multidão que a visita diariamente.

Aspecto nocturno da orla da floresta...

...e do interior.


É essencialmente uma floresta de castanheiros e alguns carvalhos. Tal como era a Cova da Beira até à um século atrás.



Château de la Chasse, pequeno palacete que os reis utilizavam aquando das suas caçadas.

Algumas fotos mais.





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