A tribo dos "Matrículas Esquisitas"


Esta manhã percebi, no trânsito automóvel, os primeiros sinais da iminência do mês de Agosto. Para além do já perceptível aumento da intensidade desse trânsito automóvel, fui obrigado, quando circulava dentro de uma rotunda, a quase imobilizar-me por causa de um indivíduo que entrou (e aqui ajusta-se plenamente a expressão) à grande e à francesa no "rond point".

Não quero com isto dizer que, no geral, esta tribo dos "Matrículas Esquisitas" não seja bem-vinda, pelo contrário, mas... continuo sem perceber por que diabos persistem em fazer uma interpretação tão particular do Código da Estrada, atitude que os leva por exemplo, a apropriarem-se das belas calçadas dos nossos passeios para efeitos de parqueamento automóvel. Sim, exactamente essas mesmas calçadas que nós, indígenas, passámos um ano inteiro a respeitar sempre sob o beneplácito das autoridades locais e, no caso da capital, da EMEL.

Sinceramente, desconheço se este desgoverno terá algo a ver com aquele rumor segundo o qual esta hoste, que qual salmão regressa sazonalmente ao seu local de origem, baseia a sua experiência de condução no período que por cá passa... mas que é aborrecido isso é, e até o pode ser para ambas as partes.
A exemplo disso, recordo uma situação que presenciei há uns anos atrás. Uma jovem senhora francófona regressava ao seu veículo que havia estacionado com a mestria necessária de forma a ocupar toda a largura de um passeio. No entanto, quiçá movido por um sentimento vindicativo, um outro condutor (este um indígena) estacionara o seu veículo em concordância com o Código da Estrada de forma paralela ao passeio, fechando com isto a saída ao carro da dita senhora.


Revoltada, a senhora não conseguiu evitar exclamar para quem a quisesse ouvir "P#####! Ces portugais se garent n'importe où!", isto é, traduzindo para português, "Ora bolas, que maçada. Estes portugueses estacionam cá em cada sítio...!"

Comentários