O dia em que a Terra ia parando por causa de uma bactéria

Quando a NASA anunciou para ontem uma conferência de imprensa na qual ia anunciar "uma descoberta que teria um impacto na procura de vida extraterrestre", várias ideias passaram em catadupa pela minha cabeça, desde excertos do argumento da Guerra dos Mundos ou do Dia em que a Terra parou, até à possibilidade de uma chamada intergaláctica, vinda da Constelação de Andrómeda, pedindo duas pizzas familiares sem anchovas e 4 colas médias.

Também por momentos pensei que poderia finalmente ser uma resposta aos SMS que enviámos em Agosto de 2009 para o exoplaneta Gliese581d (lembram-se?). Contudo, depressa me recordei que as mensagens ainda estão neste momento a caminho, devendo apenas chegar ao destino daqui a 19 anos.

Afinal, todo este aparato devia-se à descoberta de uma bactéria bem terrestre, com a característica distinta de conter Arsénico na sua composição. Sinceramente, saber disto não me impressionou particularmente, até porque não se tratará do primeiro ser vivo, do qual temos conhecimento na história do planeta Terra, a conter arsénico na sua composição. O próprio Napoleão Bonaparte, por exemplo, teria nos últimos anos da sua vida, na remota ilha de Santa Helena, uma quantidade extraordinária de arsénico no seu organismo, segundo algumas correntes de opinião.

Resumindo, após esta descoberta ficámos a saber que podem ou não existir seres extraterrestres, e que esses seres, que podem existir ou não, terão uma determinada composição que (e aqui entra o conceito revolucionário) poderá incluir ou não arsénico. Juntando isto aos eventuais seres extraterrestres, que poderão conter na sua composição oxigénio, carbono, fósforo ou enxofre, isto vem aumentar e de que maneira o leque de seres extraterrestres que poderão ou não existir.


Já que falamos da NASA, que tal recordar também este artigo?

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